segunda-feira, 27 de outubro de 2008
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
sábado, 4 de outubro de 2008
Soneto 146
Pobre alma, centro de meu barro pecador,
A suas forças rebeldes presa e atribulada,
Por que aí dentro tu definhas em langor,
Pintando tão caro tua vistosa fachada?
Por que, em tão curto aluguel, tanto dinheiro
Gastas com esta tua decrépita mansão,
Se o verme, de todos esses luxos herdeiro,
Vai devorá-lo? é o fim de teu corpo, não?
Das perdas de teu servo, ó alma, vive agora,
E deixa-o definhar, p'ra aumentar tua fartura;
Compra a eternidade vendendo horas de escória;
Por dentro alimentada, por fora a penúria:
Se te nutres da morte que traga os mortais,
Morta a morte, ninguém morrerá jamais.
William Shakespeare
A suas forças rebeldes presa e atribulada,
Por que aí dentro tu definhas em langor,
Pintando tão caro tua vistosa fachada?
Por que, em tão curto aluguel, tanto dinheiro
Gastas com esta tua decrépita mansão,
Se o verme, de todos esses luxos herdeiro,
Vai devorá-lo? é o fim de teu corpo, não?
Das perdas de teu servo, ó alma, vive agora,
E deixa-o definhar, p'ra aumentar tua fartura;
Compra a eternidade vendendo horas de escória;
Por dentro alimentada, por fora a penúria:
Se te nutres da morte que traga os mortais,
Morta a morte, ninguém morrerá jamais.
William Shakespeare
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